Perspectivas para a Defesa e Segurança Pública no Brasil até 2030

Nesse diálogo dedicado à temática da Defesa e Segurança no Brasil, onze proeminentes convidados marcaram presença: Antônio Carlos Moretti Bermudez, Carlos Bolivar Goellner, Carlos Eduardo de Azevedo, Edson Leal Pujol, Fernando Azevedo e Silva, Flávio Augusto Corrêa Basílio, Ilques Barbosa, Mariana Nascimento Plum, Peterson F. Silva, Raul Jungmann e Sérgio Westphalen Etchegoyen.

O foco do diálogo concentrou-se em duas perguntas cruciais direcionadas ao grupo: quais são as expectativas para o setor de Defesa e Segurança Pública no Brasil até o ano de 2030 e quais são as aspirações que delineiam o setor para esse mesmo período.

A interação entre os participantes foi subdividida em dois grupos distintos de discussão, com deliberações subsequentes na sessão plenária. Dentre os aspectos mais significativos delineados pelos especialistas, destacam-se os seguintes pontos:

Primeiramente, prevê-se que quaisquer avanços no setor devem espelhar a evolução já observada no presente. Contudo, existe a avaliação unânime de que esses avanços provavelmente não atenderão às necessidades prementes de defesa e segurança no país, resultando em um descompasso preocupante.

Uma segunda consideração pertinente recai sobre a manutenção de baixos orçamentos para o setor, o que inevitavelmente levará a uma carência crônica de capacidade de investimento. Esse cenário pressagia desafios contínuos na execução de projetos estratégicos, na operacionalidade das Forças Armadas e também na vital indústria de defesa nacional.

A influência dessa política de restrição orçamentária repercutirá de maneira substancial nas esferas operacionais das forças de segurança, nos projetos que demandam caráter estratégico e também na sustentabilidade da indústria de defesa, reforçando assim a complexidade dos dilemas enfrentados.

Quanto à segurança pública, uma previsão preocupante se delineia: a possibilidade de aumento da violência e criminalidade até o ano de 2030, um desdobramento possivelmente resultado das limitações que o setor de defesa e segurança enfrenta.

Por fim, em um consenso entre os especialistas, está a premissa inabalável de que as Forças Armadas não podem prescindir da credibilidade conquistada desde 1985. Essa credibilidade é reconhecida como um pilar fundamental para a estabilidade interna e para manter a confiança da população no contexto da segurança nacional.

Em síntese, o encontro proporcionou uma visão multifacetada das perspectivas para o setor de Defesa e Segurança Pública no Brasil até 2030. As discussões delinearam um cenário de avanços limitados, recursos escassos, possíveis desafios na segurança pública e a inegociável importância de preservar a reputação das Forças Armadas. No contexto de tais desafios, espera-se que medidas proativas sejam adotadas para abordar essas preocupações e garantir um ambiente seguro e estável no país.

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